Lider supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, vem trocando acusações com o presidente americano, Donald Trump, e a tensão piorou após a morte de Suleimani. Foto: Wikimedia Commons| Foto:
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O Irã anunciou neste domingo (5) que vai renunciar aos compromissos feitos no acordo nuclear de 2015. O país, no entanto, diz que seguirá cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU).

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A declaração do Irã é mais um capítulo da escalada na tensão entre o país e os Estados Unidos, que ganhou novos contornos após a morte do general Qasem Soleimani em ataque a bomba no aeroporto de Bagdá, no Iraque. Nesse domingo, o parlamento iraquiano decidiu também expulsar as tropas americanas do país, já que o ataque ocorreu em solo iraquiano, o que seria uma violação da soberania do país.

Um porta-voz do governo iraniano disse que o país não vai mais respeitar os limites impostos pelo acordo para o enriquecimento de urânio e que o minério será processado de acordo com as necessidades técnicas iranianas. "O Irã vai continuar o enriquecimento nuclear sem limitações, baseado em suas necessidades técnicas", disse à TV estatal do país.

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O porta-voz disse também que as medidas podem ser revertidas com a retirada de sanções dos Estados Unidos sobre Teerã. A saída do Irã do acordo nuclear acontece cerca de dois anos depois dos Estados Unidos deixarem o pacto, impondo sanções contra a economia iraniana. Na ocasião, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o acordo não impedia Teerã de desenvolver armas atômicas.

O acordo nuclear, firmado em 2015 pelo então presidente Barack Obama, marcou o fim das sanções econômicas ao Irã em troca da permissão do monitoramento nuclear no país e o compromisso do enriquecimento de urânio apenas para fins pacíficos.