O Irã desmentiu na quarta-feira a reportagem de um jornal inglês que afirmou que o país islâmico estaria enfrentando uma falta de urânio para seu programa nuclear, que o Ocidente teme ser destinado à fabricação de armas.

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O jornal The Times disse no mês passado que as potências ocidentais acreditam que o Irã enfrenta uma escassez de urânio bruto e estão conclamando os países produtores a não vender o produto aos iranianos.

"Essas notícias foram criadas pela mídia, sem bases científicas", disse o porta-voz do Ministério do Exterior Hassan Qashqavi durante uma coletiva de imprensa. "As notícias são o produto de umas poucas análises e conjeturas e artigos."

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O Irã diz que seu programa nuclear é destinado a gerar eletricidade para que o país, quarto maior exportador de petróleo do mundo, possa vender mais gasolina e gás, rejeitando as alegações de que pretende construir bombas atômicas.

Em artigo em 24 de janeiro, o The Times citou fontes dizendo que o Irã estava com seus estoques de urânio quase no fim. O produto havia sido adquirido em largas quantidades da África do Sul, em meados dos anos 1970.

O jornal britânico afirmou que o Ministério do Exterior da Grã-Bretanha ordenou a seus diplomatas no Cazaquistão, no Uzbequistão e no Brasil - todos grandes produtores de urânio - a fazer lobby junto aos governos desses países sobre o tema.

O Irã tem uma unidade de processamento de urânio em Isfahan, 400 km ao sul de Teerã, que tem estado sob constante inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU.