O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali-Akbar Salehi, disse neste sábado (8) que o país dispõe de tecnologia suficiente para a produção de combustível nuclear, placas e bastões. Segundo ele, os iranianos têm condições de avançar na produção a partir da usina em Isfahan. Paralelamente, o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, afirmou que aumentou em 88% o comércio bilateral.

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As informações são da rede estatal de televisão do Irã, a Press TV, e da agência iraniana de notícias, a Irna. Salehi afirmou ainda que a produção iraniana se baseia no Tratado de Não Proliferação de Armas afastando a hipótese de produção de armas atômicas. "O que fazemos é baseado na realidade e da verdade. Não há exagero ou enganação no nosso trabalho", disse.

Submetido a sanções há mais de seis meses por parte da comunidade internacional, o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pretende retomar as discussões sobre o programa nuclear desenvolvido no país entre os dias 20 a 22. As discussões ocorrerão em nível técnico entre representantes do Irã, da União Europeia, do grupo denominado P5+1 (Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China, além da Alemanha) e também da Turquia, em Istambul.

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Nesta sexta-feira (7) o negociador nuclear por parte do governo do Irã, Saeed Jalili, informou que a suspensão do programa de enriquecimento de urânio do país não estará na pauta de debates. Segundo ele, os "direitos nucleares do Irã são inegociáveis". De acordo com Jalili, o objetivo é buscar a cooperação e o fim do impasse.

Desde junho de 2010, o Irã está sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente por vários países e blocos econômicos, como a União Europeia. Líderes políticos suspeitam que o programa iraniano desenvolva a produção de armas atômicas. Ahmadinejad e autoridades iranianas negam as suspeitas e sustentam que o programa nuclear desenvolvido no país tem fins pacíficos, inclusive para uso hospitalar.