O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse neste domingo que o Irã está disposto a ajudar os Estados Unidos e a Grã-Bretanha no Iraque, mas somente se estes países prometerem mudar de atitude e retirarem suas tropas.
A declaração foi feita em meio aos crescentes pedidos para o Ocidente entrar em contato com Irã e Síria, vizinhos do Iraque, para ajudar a evitar que o Iraque afunde em uma guerra civil.
Uma autoridade sênior dos EUA disse neste mês que o país está disposto ``em princípio'' a debater o Iraque com o Irã, mas que o momento para isso não estava claro. Ahmadinejad disse antes que poderia conversar, mas somente se os EUA mudassem de atitude em relação ao Irã.
``A nação iraniana está pronta para ajudá-los a sair do pântano (no Iraque) com uma condição... vocês devem prometer corrigir sua atitude'', disse Ahmadinejad em discurso para um desfile da milícia religiosa Basij, transmitido pela televisão.
``Voltem e levem suas forças para suas fronteiras e sirvam seus próprios países'', disse.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, deve fazer na segunda-feira uma visita ao Irã para debater a situação do Iraque. A viagem fora adiada por causa do toque de recolher decretado após as explosões de carros-bomba, na quinta-feira. A medida deverá ser retirada em breve.
Ahmadinejad condena com frequência a ocupação do Iraque pelos EUA e reclama da presença de bases norte-americanas na região. Washington acusa o Irã de fomentar as turbulências, e o Irã atribui a violência à presença de tropas dos EUA. O presidente iraniano também critica o que afirma ser uma atitude hostil dos EUA e da Grã-Bretanha em relação ao Iraque, principalmente sobre o seu programa nuclear.
Países ocidentais, incluindo EUA e Grã-Bretanha, acusam o Irã de tentar desenvolver uma bomba atômica. Teerã nega e afirma que seu objetivo é gerar eletricidade.
Ahmadinejad exortou países da região a trabalharem em conjunto para expulsar as forças estrangeiras.
``Vamos juntar nossas mãos expulsar de nossos países e de nossas terras sagradas os inimigos que são contra a humanidade'', disse.
O Irã já defendeu no passado um pacto de segurança com outros países da região. Mas nações do Golfo, dominadas por muçulmanos sunitas, suspeitam das intenções do Irã xiita na região.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas