O Irã se voltou contra os EUA nesta segunda-feira (21), por meio de uma carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, acusando o presidente Joe Biden de dar “sua aprovação tácita e apoio explícito a uma agressão militar israelense contra o país”.
A missão diplomática do Irã na ONU, que nos últimos dias se tornou o porta-voz não oficial de seu Ministério das Relações Exteriores - uma vez que é a primeira a se manifestar sobre determinadas questões e, em seguida, sua opinião é aceita em Teerã - enviou uma carta à presidência suíça do Conselho, que depois foi publicada em seu site.
Para a missão, os comentários de Biden à imprensa em Berlim na última sexta-feira, nos quais ele disse saber como e quando Israel pretende atacar o Irã, são “altamente preocupantes”, porque significam que os EUA já deram “aprovação tácita e apoio explícito”.
Da mesma forma, a missão iraniana acredita que essas palavras contradizem os chamados apelos para a redução da escalada na região do Oriente Médio, que Biden e outros funcionários do governo americano EUA repetem.
A missão iraniana também enfatizou que, ao fornecer armas e especialistas a Israel - como sistemas de defesa aérea - os EUA se tornam “cúmplices de qualquer agressão israelense contra o Irã e suas consequências”.
Por todas essas razões, o Irã considera que os EUA “terão total responsabilidade por instigar, incitar e contribuir para qualquer ato de agressão de Israel contra o país, em flagrante violação dos princípios fundamentais do direito internacional”.
Um dia após Teerã lançar cerca de 200 mísseis contra o território israelense, em 1º de outubro, Biden deixou clara sua posição de ser contra um ataque israelense contra instalações nucleares do Irã. No entanto, o democrata afirmou que os israelenses devem reagir “de maneira proporcional” ao bombardeio, sem dar mais detalhes.
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