O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, afirmou que seu país poderá interromper outros ataques no Oriente Médio, se Israel finalizar guerra na Faixa de Gaza| Foto: EFE/EPA/ABBAS SALMAN
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, afirmou nesta quarta-feira (17) que o fim da guerra na Faixa de Gaza terminaria com a atual crise no Oriente Médio, inclusive os ataques dos rebeldes houthis contra navios comerciais no Mar Vermelho.

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“A solução para todo este conflito é o fim da guerra em Gaza”, disse Abdollahian, durante uma entrevista à jornalista Fareed Zakaria no âmbito do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. “A segurança do Mar Vermelho está ligada ao que acontece em Gaza e todos sofrerão se os 'crimes' de Israel na Faixa não pararem”, acusou o chefe da diplomacia iraniana.

“Todas as frentes permanecerão ativas”, disse, referindo-se aos rebeldes houthis, mas também aos repetidos ataques das milícias pró-Irã do Iraque contra as posições dos Estados Unidos nesse país e na Síria, além dos confrontos entre o Hezbollah e Israel na fronteira com o Líbano.

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O chanceler afirmou ainda que a guerra não é a resposta e responsabilizou o primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, pela crise regional. "Netanyahu acredita que a guerra é a solução. Se os EUA deixarem de apoiar Israel, Netanyahu não conseguirá manter a guerra nem por 10 minutos", afirmou.

O Irã lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança informal formada por organizações como o Hezbollah, os rebeldes houthis e os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica, entre outras milícias.

Teerã comemorou o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos, e desde então tem alertado repetidamente sobre a possibilidade de seus aliados abrirem outras frentes de batalha caso não cessem os bombardeios contra Gaza, onde já morreram mais de 24 mil palestinos, segundo as autoridades locais.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]