O Irã pretende levar adiante o acordo feito com o Brasil e a Turquia para a troca de combustível nuclear, apesar da proposta para novas sanções contra o país nas Nações Unidas, disse neste sábado um parlamentar iraniano.
"O Irã está comprometido com a promessa que fez e quer torná-la operacional e vai submeter o acordo à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)," afirmou Alaeddin Boroujerdi, presidente de comitê parlamentar de Relações Exteriores e Segurança Nacional, segundo a agência de notícias ISNA.
"A propaganda dos norte-americanos não terá efeito na decisão iraniana. Pedimos aos países favoráveis à resolução contra o Irã para não serem manipulados pelos EUA," afirmou.
A IRNA, agência de notícias oficial, havia dito na sexta-feira (21) que o Irã entregaria uma carta oficial à AIEA na segunda-feira com os detalhes do acordo de troca de combustível.
Os representantes turco e brasileiro na AIEA acompanhariam o enviado iraniano durante a reunião com a agência, de acordo com um comunicado do Conselho de Segurança Nacional iraniano.
Líderes dos três países anunciaram na segunda-feira passada o acordo segundo o qual o Irã enviaria 1.200 quilos de urânio enriquecido para a Turquia, reduzindo assim o seu suprimento para um potencial uso bélico. Os iranianos receberiam em troca combustível para o seu reator de pesquisa.
No entanto, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas chegaram a um acordo sobre um projeto de resolução com novas sanções contra o Irã.
O Ocidente teme que o Irã pretenda desenvolver armas nucleares, mas o Irã afirma que o seu programa é para fins pacíficos.
Turquia, Brasil e Irã pediram uma suspensão das discussões sobre as sanções por causa do acordo de troca de combustível, mas as potências ocidentais suspeitam que o acordo seja uma tática iraniana para evitar ou postergar as sanções.
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