O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo (29) que a morte de um general de brigada da Guarda Revolucionária iraniana em um ataque lançado por Israel em Beirute “não ficará sem resposta”.
“Sem dúvida, este crime horrível do regime agressor sionista nunca ficará sem resposta”, disse Araqchi, que está em Nova York participando na Assembleia Geral da ONU, em um comunicado.
“O aparelho diplomático também utilizará todos os meios possíveis, as suas capacidades políticas, diplomáticas, jurídicas e internacionais para perseguir os criminosos e aqueles que os apoiam”, acrescentou.
O chefe da diplomacia de Teerã descreveu a morte do vice-comandante de operações da força militar, o general de brigada Abbas Nilforushan, como “um ato cruel e covarde” e um exemplo da “natureza terrorista e criminosa do regime sionista”.
Nilforushan morreu na sexta-feira nos ataques israelenses contra Beirute, nos quais também morreu o líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, um dos principais aliados no país persa.
O aviso de Araqchi é o mais duro pronunciado por uma autoridade iraniana até agora. A própria Guarda Revolucionária condenou a morte do seu general, mas não fez menção a uma possível vingança.
Um completo contraste com a reação à morte de sete membros da Guarda Revolucionária no consulado iraniano em Damasco no último mês de abril, em um ataque atribuído a Israel e após o qual se multiplicaram os apelos à vingança.
Em retaliação, o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra Israel em meados de abril, na primeira vez em que Teerã atacou diretamente o território israelense, em um bombardeio que, apesar da sua natureza espetacular, quase não causou danos.