O presidente do Irã, Hassan Rouhani, pediu na sexta-feira (27) um progresso mais rápido nas negociações com seis potências mundiais sobre o programa nuclear do país. As falas do líder iraniano ecoaram os comentários de outros diplomatas de que a rodada atual não conseguiu obter avanços substanciais em direção a um acordo até a data limite de 24 de novembro.

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Sem mencionar explicitamente os EUA, Hassan Rouhani sugeriu que um acordo poderia acabar com mais de três décadas de tensões entre Washington e Teerã. Para ele, isso marcaria "o início de um caminho para a colaboração e cooperação".

"Houve passos em frente, mas eles não têm sido significativos", disse Rouhani, argumentando que seu país tinha mostrado a flexibilidade necessária e que agora caberia aos EUA e outras cinco nações para avançar nas negociações. "O tempo é curto", afirmou a repórteres.

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O ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, adotou um tom mais otimista sobre as negociações ao alegar que ambos os lados estavam interessados em resolver "as restantes questões pequenas, mas extremamente importantes".

As autoridades falaram pouco antes do fim da última rodada de conversas entre o Irã e seis potências mundiais, na sexta-feira (26). A sessão foi realizada à margem da reunião ministerial da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a mídia iraniana, o vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que os lados "ainda não tinham chegado a um entendimento mútuo que poderia servir como base para um acordo".

Sem julgar o progresso, o secretária de Estado dos EUA, John Kerry, disse que sua "fervorosa esperança" era de que um acordo seria atingido. Um alto funcionário dos EUA disse que uma enorme quantidade de detalhes ainda precisa ser analisada antes do prazo final de novembro.

As negociações continuaram focadas no enriquecimento de urânio. O Irã diz que precisa de um programa de enriquecimento robusto para produzir combustível de energia nuclear e para outros fins pacíficos, mas os EUA e seus aliados temem que o programa seja usado para criação de armas.

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Fonte: Associated Press.