O Irã disse nesta terça-feira que considera inaceitável o uso de armas químicas na guerra civil da Síria, ecoando um alerta semelhante feito pelos EUA, mas afirmando que os rebeldes sírios são os maiores suspeitos por essa violação, e não o governo de Bashar al-Assad.
Na semana passada, os EUA disseram acreditar com "variados graus de confiança" que forças governamentais sírias teriam usado o gás nervoso sarin em pequena escala contra os rebeldes.
Antes disso, Obama já havia alertado que o uso de armas químicas seria uma "linha vermelha" que desencadearia consequências para Assad, o que foi interpretado como uma ameaça de intervenção militar norte-americana no conflito.
O chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, também usou a expressão "linha vermelha", mas não indicou que medidas o país poderia tomar caso se prove que alguma das partes em conflito usou gás venenoso contra seus inimigos. O Irã é um dos principais aliados de Assad no mundo.
"Sempre enfatizamos que o uso de armas químicas por parte de qualquer um é a nossa linha vermelha", disse Salehi segundo a agência de notícias Isna. "O Irã se opõe ao uso de qualquer tipo de arma de destruição em massa, e não só seu uso, mas sua produção, acúmulo e uso."
Salehi também reiterou um apelo para que a ONU investigue as acusações do governo sírio sobre o uso de armas químicas por parte de insurgentes.