O Irã criticou nesta sexta-feira (6) a escolha da ativista e jornalista Narges Mohammadi como ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2023 por sua luta pelos direitos das mulheres no país. Ela atualmente cumpre penas que somam 31 anos de prisão no país asiático.
“A ação do Comitê do Nobel da Paz é um movimento político alinhado com as políticas intervencionistas e anti-iranianas de alguns governos europeus”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, em comunicado.
“O Comitê do Nobel da Paz concedeu um prêmio a uma pessoa condenada por repetidas violações da lei e atos criminosos, e condenamos essa atitude como tendenciosa e politicamente motivada”, disse o porta-voz.
A agência estatal Irna também desqualificou Narges Mohammadi, ao acusá-la de colaboração “com grupos terroristas” e dizer que a ativista é “desconhecida no seu próprio país, particularmente entre as mulheres iranianas”.
A agência afirmou que a escolha do Comitê do Nobel da Paz foi um “ato intervencionista” com o objetivo de “politizar o conceito de direitos humanos”.
Desde a morte de Mahsa Amini, uma jovem iraniana de 22 anos que morreu enquanto estava sob custódia de policiais por “uso inadequado” do hijab, o véu islâmico, em setembro do ano passado, o Irã busca aumentar a repressão contra mulheres no país.
O Parlamento iraniano aprovou no mês passado um projeto de lei que aumenta as penas nos casos de desrespeito às normas do uso do véu. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Conselho dos Guardiães, composto por clérigos e juristas.
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