As autoridades do Irã elevaram o tom contra Israel nos últimos dias, afirmando que responderão com “firmeza” ao ataque israelense do último sábado contra alvos militares que causou cinco mortes no país.
Embora as primeiras reações ao ataque com mísseis israelenses tenham sido cautelosas, nos últimos dias isso mudou e agora Teerã insiste que é uma "certeza" que responderá.
“A resposta contra a agressão do regime sionista é certa”, afirmou o vice-comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Ali Fadavi, em declarações à televisão libanesa e citadas nesta sexta-feira (1º) pela imprensa iraniana.
“Somos capazes de destruir tudo o que os sionistas possuem com uma única operação”, continuou o alto comando do órgão militar de elite cuja missão é salvaguardar a Revolução Islâmica e controlar o programa de mísseis balísticos do país.
Por sua vez, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, afirmou que Tel Aviv cometeu “outro erro e sofrerão por isso”.
“Nossa resposta será inimaginável”, disse Salami, segundo informações da agência de notícias iraniana IRNA.
Ao mesmo tempo, o chefe do gabinete do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que seu país planeja dar “uma resposta feroz e contundente” à “ação desesperada” de Israel, informou a agência de notícias Tasnim.
Um dia após o ataque israelense, Khamenei pareceu reduzir o tom e disse que as “autoridades” deveriam decidir a resposta e o que é melhor para o país, mas sem promessas de vingança.
Segundo a versão iraniana, o ataque ocorreu nas províncias de Teerã, Ilam e Khuzistão e causou apenas “danos limitados” aos radares, além de provocar a morte de quatro soldados e um civil.
Mas a imprensa americana informou que imagens de satélite mostram que os centros militares de Shahroud, na província de Semnan, no nordeste, e Khojir, perto de Teerã, foram danificados, afirmações diretamente negadas pelas autoridades iranianas. Acredita-se que ambas as bases produzam mísseis.
O jornal The New York Times informou que Khamenei ordenou ao seu Conselho de Segurança Nacional que preparasse um ataque a Israel, dados os danos à sua infraestrutura e as mortes eram "grandes demais para serem ignoradas" e "não responder seria aceitar a derrota".
Os ataques de Israel no sábado foram uma resposta ao bombardeio do Irã com cerca de 180 mísseis em 1º de outubro, que por sua vez foi uma retaliação pelas mortes do líder do grupo terrorista xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em julho.
Em abril, Teerã e Tel Aviv já haviam se atacado diretamente, naquele que foi o primeiro confronto direto entre os dois países.
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