Xiita é o ramo islâmico do qual faz parte o Hezbollah e o governo do Irã, ambos dão apoio a Bashar Assad, que é alauita. Na Síria, a maioria da população (e dos grupos rebeldes que combatem Assad) é sunita.
O grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou ontem que agentes iranianos e o grupo radical libanês Hezbollah ajudaram o Exército sírio em um cerco ao bairro de Wadi al Sayeh, na cidade de Homs, região central do país.
Segundo a organização, sediada em Londres, a tomada do bairro permitirá ao Exército isolar os setores de Khaldiyeh e o centro antigo de Homs, ambas regiões controladas pelos rebeldes. A entidade ainda informou que um míssil antiaéreo destruiu um prédio, ainda sem informações de vítimas.
Caso confirmada a versão do grupo opositor, será um exemplo da participação do Irã e do Hezbollah, ambos de orientação xiita, nas tropas do regime de Bashar Assad, que é alauita (vertente do xiismo). Os sunitas compõem a maioria da população e dos grupos rebeldes.
Anteontem, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que "os amigos da Síria" não permitirão que o país caia em mãos dos Estados Unidos nem dos grupos extremistas e que seu grupo não terá dúvidas de defender os libaneses que se encontram na Síria.
A mesma postura foi tomada pela República Islâmica em março. Damasco, Teerã e o grupo libanês não comentaram as acusações. As informações não podem ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio.
Um ataque aéreo do regime sírio a uma sede de uma brigada rebelde deixou ontem pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos em um vilarejo ao lado de Reyhanli, na Turquia. Entre os mortos, estão crianças e mulheres.
Segundo o OSDH, o ataque também atingiu um armazém de distribuição de ajuda humanitária. Os feridos foram encaminhados pelos próprios civis sírios à hospitais turcos.
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