Irã, Israel e Estados árabes participaram de um encontro secreto sobre os prognósticos de uma conferência internacional para banir as armas nucleares no Oriente Médio, revelaram diplomatas nesta terça-feira (5).
Não foram fornecidos detalhes sobre o encontro realizado em 21 e 22 de outubro em um hotel na vila suíça de Glion, próximo a Montreux, que representa uma rara reunião entre adversários regionais.
Uma autoridade israelense disse que os vários enviados expuseram seus posicionamentos nacionais, mas que Israel não teve comunicação direta com os delegados iranianos e árabes.
Mas um diplomata árabe disse à Reuters: "Que eles estavam lá, israelense e iranianos, isso é o mais importante." Uma nova reunião ocorreria antes do fim de ano, disse o diplomata.
Não ficou claro quem esteve à frente da sessão, mas um graduado diplomata finlandês, o sub-secretário de Estado Jaakko Laajava, está incumbido pela organização da conferência sobre o Oriente Médio. Não houve nenhum comentário imediato de seu gabinete, ou do Irã, nesta terça-feira.
Também compareceram às discussões representantes dos Estados Unidos e alguns Estados árabes, acrescentou o diplomata árabe, sem identificá-los.
Acredita-se amplamente que Israel possui o único arsenal nuclear do Oriente Médio, o que suscita a frequente condenação por parte de países árabes e do Irã, que reclamam sobre a ameaça à paz e segurança da região.
Autoridades dos EUA e Israel consideram a atividade atômica do Irã como a principal ameaça de proliferação e dizem que uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio não é plausível sem uma plena paz entre árabes e israelense e limites verificáveis ao programa nuclear iraniano.
O Irã alega enriquecer urânio somente com propósitos energéticos e não como potencial combustível para armas nucleares, como suspeita o Ocidente.
Um plano proposto pelo Egito para um conferência internacional com o objetivo de pavimentar o caminho para um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa foi acordado em 2010, com o copatrocínio da Rússia, EUA e Grã-Bretanha.
Mas Washington adiou a conferência pouco antes de ocorrer, no final do ano passado, e nenhuma nova data foi anunciada. A Grã-Bretanha, outra patrocinadora, disse haver esperanças de que ainda aconteça em 2013.
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