O Irã e a Rússia se juntaram à China e a nove outros países como fornecedores diretos de armas para o Sudão, apesar do embargo da Organização das Nações Unidas (ONU) em vigor desde 2004, disse uma entidade de direitos humanos em relatório publicado nesta terça-feira (14).
A China é habitualmente criticada por ativistas e governos ocidentais por fornecer armas para o governo sudanês. Outros suspeitos, como o Irã, raramente são mencionados.
Num relatório atacado por Cartum, a ONG norte-americana Human Rights First disse ter usado bancos de dados públicos para compilar informações sobre as transferências de armas para o Sudão.
O embargo armamentista tenta evitar que o Sudão arme milícias acusadas de praticar genocídio na região de Darfur, o que Cartum nega.
O Tribunal Penal Internacional, de Haia, já indiciou dois sudaneses por crimes de guerra, e em julho o procurador da corte pediu que o mesmo ocorra com o presidente do Sudão, Omar Hassan Al Bashir.