Uma empresa de segurança na internet, baseada na Rússia, disse que um poderoso vírus de computador, com capacidade sem precedentes para capturar dados, atacou máquinas no Irã e em outros países do Oriente Médio.

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O Irã não divulgou qualquer dano causado pelo vírus, chamado de "Flame", cuja origem não foi identificada. No entanto, o vice-primeiro-ministro israelense, Moshe Yaalon, alimentou rumores de que Israel, conhecido pela inovação tecnológica e pela campanha incansável contra o programa nuclear de Teerã, poderia tê-lo lançado.

A empresa de segurança digital russa Kaspersky Lab, que identificou o vírus, postou em seu site na segunda-feira que "a complexidade e funcionalidade do novo programa é superior a todas as ameaças cibernéticas conhecidas até hoje".

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Também disse que descobertas preliminares sugerem que o vírus estava ativo desde março de 2010 e escapou das detecções devido a sua " extrema complexidade" e ao fato de que apenas computadores selecionados foram alvos do programa. O objetivo principal do Flame, alegou, "parece ser espionagem cibernética, por meio do roubo de informações das máquinas infectadas" e do envio delas para servidores pelo mundo.

Segundo a Kaspersky, o vírus, além do Irã, coletou informações em Israel, nos territórios palestinos, Sudão, Síria, Líbano, Arábia Saudita e Egito. O Irã, no entanto, foi de longe o país mais afetado, afirmou a empresa. O vírus Flame é o quarto ataque cibernético conhecido contra sistema de computação do Irã.

A autoridade israelense, por sua vez, disse que, "quem vê a ameaça iraniana como uma ameaça significativa pode tomar várias medidas, incluindo essa (ataque cibernético)". "Israel é abençoado com alta tecnologia e contamos com as ferramentas que abrem todos os tipos de oportunidades para nós." As informações são da Associated Press.