Ouça este conteúdo
Autoridades do Irã elogiaram o líder do Hamas, Yahya Sinwar, mas minimizaram sua morte em um confronto com tropas de Israel, assegurando que a “resistência” contra os israelenses se “fortalecerá” após este episódio.
O presidente do Irã, Massoud Pezeshkian; o ministro das Relações Exteriores, Abas Araqchi; e o comandante-chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, entre outros, expressaram condolências pela morte de Sinwar e fizeram apelos por vingança.
Pezeshkian dirigiu suas condolências ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e “a todos os que buscam a liberdade”, além de afirmar que a morte de “heróis” não impedirá a “resistência” contra o que chamou de “ocupação de Israel na Palestina”, segundo comunicado do regime iraniano.
O Irã lidera o chamado “Eixo da Resistência”, uma aliança de grupos terroristas anti-Israel formada por Hamas (palestino), Hezbollah (xiita libanês), houthis (no Iêmen) e por outras organizações no Iraque.
Araqchi expressou-se em termos semelhantes, garantindo que a morte de Sinwar será uma “fonte de inspiração” para os “combatentes da resistência” contra Israel.
“Seu destino, lindamente retratado em sua imagem mais recente, não é um impedimento, mas uma fonte de inspiração para os combatentes da resistência em toda a região, palestinos e não palestinos”, escreveu na rede social X Araqchi, que está em visita à Turquia.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros descreveu o terrorista Sinwar, responsável por diversas mortes e por organizar o massacre em Israel no dia 7 de outubro de 2023, como um “herói” que se juntou a outros que “deram as suas vidas para manter viva a resistência”, como o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, eliminado por Israel em setembro, e o antecessor de Sinwar no comando do Hamas, Ismail Haniyeh, morto em Teerã em julho em um ataque atribuído a Israel.
Salami afirmou que “o nome do mártir Sinwar acende as chamas da ira da resistência anti-israelense” e reduzirá os “ocupantes a cinzas”. No entanto, disse que “a escalada da guerra e da crise não é a solução para o atoleiro que [Israel] criou”.