O Irã não vai mais negociar um acordo de troca de combustível com algumas das potências nucleares, informou o chefe da Organização Atômica do Irã, Fereydoun Abbasi Davani. Ele afirmou também que Teerã está pronto para uma cooperação mais próxima com a agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Não vamos mais negociar a troca de combustível nuclear e interromper nossa produção de combustível", afirmou Abbasi Davani em entrevista à agência estatal de notícias Irna. "Os Estados Unidos não são um país idôneo com o qual possamos negociar uma troca de combustível ou qualquer outra questão", disse ele.
O projeto de troca de combustível nuclear apresentado pela potências ocidentais oferece à república islâmica a chance de trocar seu urânio com baixo enriquecimento (3,5%) por urânio enriquecido a até 20% para um reator de pesquisas médicas instalado em Teerã.
Mas o governo iraniano não concordou com o projeto e um ano mais tarde, em maio de 2010, com o apoio da Turquia e do Brasil, apresentou uma contraproposta para enviar à vizinha Turquia 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento. As principais potências ignoraram a proposta iraniana.
Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU já ordenou várias vezes que Teerã interrompa seu enriquecimento de urânio até que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comprove a natureza pacífica que suas atividades nucleares.
Apesar de ser alvo de quatro rodadas de sanções do Conselho de Segurança por causa de sua recusa em suspender o enriquecimento, o Irã permanece inflexível sobre a manutenção de seu programa nuclear e nega as afirmações do Ocidente de que busca construir uma bomba nuclear, afirmando que o urânio enriquecido a 20% está muito abaixo do 90% necessários para a fabricação de uma arma nuclear.
Abbasi Davani afirmou que o Irã está fazendo progressos em seu programa de enriquecimento de urânio. "Nós atingimos um nível de progresso que eles terão de negociar conosco para que possamos fornecer combustível a outros países, ou nos tornarmos seus parceiros", afirmou ele.
Ele também declarou que o Irã produziu "urânio a 20% suficiente" para o reator de Teerã e que vai manter a produção do material. "Não vamos parar", disse ele. As informações são da Dow Jones.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano