O Irã enforcou um homem acusado de ser agente do Mossad, o serviço israelense de inteligência, condenado à morte pelo assassinato de um cientista nuclear iraniano em 2010, disse a imprensa estatal na terça-feira.
Teerã acusa Israel e os EUA de terem assassinado quatro cientistas iranianos desde 2010, como forma de sabotar o programa nuclear do país, que o Ocidente suspeita estar voltado para o desenvolvimento secreto de armas nucleares. O Irã nega essa acusação.
Os EUA negaram envolvimento com os crimes, e Israel não os comentou.
O Ministério Público iraniano disse à agência estatal de notícias Irna que Majid Jamali Fashi foi enforcado na prisão de Evin, em Teerã, depois de ser condenado à morte em agosto do ano passado pelo assassinato de Massoud Ali-Mohammadi.
A agência disse que ele confessou ter viajado a Tel Aviv para receber treinamento do Mossad, antes de voltar ao Irã para tramar e cometer o homicídio.
Ali-Mohammadi foi morto em janeiro de 2010 na explosão de uma bomba colocado em uma moto, na frente da casa dele. Na época, as autoridades disseram que a vítima, que tinha 50 anos e lecionava na Universidade de Teerã, não estava envolvida em atividades nucleares.
No mês passado, agentes iranianos de inteligência anunciaram a prisão de 15 suspeitos de integrarem uma "grande rede terrorista e de sabotagem com ligações com o regime sionista (Israel)". O grupo, segundo as autoridades, estaria tramando para matar mais um cientista iraniano em fevereiro.