O Irã prometeu nesta segunda-feira continuar suas pesquisas nucleares mesmo que chegue a um acordo com a Rússia. O governo de Moscou propôs um plano segundo o qual o Irã poderia enriquecer urânio em usinas russas, com o objetivo de minimizar temores de que Teerã queira produzir bombas atômicas. A iniciativa russa recebeu o apoio de Estados Unidos e União Européia.

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A esperança de o plano ser bem sucedido diminui ainda mais depois que a reunião desta segunda-feira entre Rússia e Irã em Moscou terminou sem resultado prático. Os dois lados apenas acertaram que as conversações sobre o impasse nuclear vão continuar, informou o Conselho de Segurança russo.

- Se alcançarmos algum compromisso (a respeito da proposta da Rússia), vamos continuar nossa cooperação como está atualmente. Ou seja, o departamento de pesquisas vai continuar suas atividades - afirmou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, durante coletiva de imprensa em Bruxelas.

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Suas declarações jogaram água fria no plano russo, que pretende evitar que Teerã desvie urânio enriquecido para fabricar armas. O Irã alega que precisa de energia atômica e não de bombas.

A expectativa da Rússia é de que o plano torne desnecessárias as ameças do Ocidente de impôr sanções ao Irã. No entanto, o tom dos comentários das autoridades que se reuniram nesta segunda-feira em Moscou mostram um pequeno andamento das negociações.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse ao presidente Vladimir Putin que tinha reservas em relação ao resultado da reunião, mas prometeu que Moscou fará tudo o que for possível para encerrar o conflito entre Irã e Ocidente.

O vice-secretário do Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irã afirmou que as conversações com a Rússia sobre a crise nuclear não dependem de moratória por parte do Irã. A Rússia afirma que vai insistir para que o país restabeleça a moratória ao enriquecimento de urânio.

Neste mês, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) denunciou o programa nuclear iraniano ao Conselho de Segurança da ONU para possíveis sanções. O diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, deve entregar um relatório ao conselho no dia 6 de março.

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As autoridades russas ainda esperam avançar no diálogo nesta semana, quando a agência nuclear russa visitará o Irã.