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O Irã prometeu, nesta quinta-feira (29), uma reação positiva se os Estados Unidos realizarem mudanças genuínas em sua política, o que mantém as esperanças de uma solução para a questão nuclear iraniana, após anos de impasse com o Ocidente.

As declarações do Irã trouxeram a segurança internacional para o centro das discussões no segundo dia do Fórum Econômico Mundial de Davos, Suiça, de resto dominado pelas preocupações com a crise financeira global, a pior dos últimos 80 anos.

O jornal britânico Guardian disse nesta quinta-feira que o novo governo norte-americano está redigindo desde novembro uma carta a Teerã, a ser enviada em nome do presidente Barack Obama, abrindo caminho para negociações diretas. Quando Obama foi eleito, recebeu uma carta de felicitações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, apesar da inimizade entre os dois países.

"Acreditamos que se o novo governo dos Estados Unidos, conforme disse o senhor Obama, mudar as suas políticas, não nas palavras, mas na prática, definitivamente eles encontrarão a região com uma abordagem e reação cooperativas", disse o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, a participantes do Fórum de Davos.

O chanceler acrescentou esperar que a mudança de postura dos EUA em relação ao programa nuclear iraniano esteja entre as mudanças promovidas pelo governo Obama. As potências ocidentais temem que o Irã queira desenvolver armas nucleares. Teerã garante que suas atividades se destinam exclusivamente à geração de eletricidade com fins civis.

Em Berlim, o ministério alemão de Relações Exteriores disse que altos-funcionários de EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França, China e Alemanha vão se reunir na semana que vem na Alemanha para discutir a questão nuclear do Irã.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), Mohamed ElBaradei, elogiou as iniciativas de Obama e defendeu um diálogo direto entre EUA e Irã, sem pré-condições.

"Esse é o caminho. Já passa há muito da hora", disse ele em Davos. "A questão da segurança não será resolvida sem um diálogo direto entre o Irã e os EUA."

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