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Um relatório confidencial da ONU, revelado por agências de notícias nesta quinta-feira, mostra que o Irã está enviando armas para a Síria. No documento, há a descrição de pelo menos três grandes apreensões feitas no ano passado de armas das Forças Armadas iranianas. Duas delas seriam embarcadas para o território sírio. A última seria destinada para radicais do Taleban, no Afeganistão. O envio do armamento o é uma violação da proibição de comércio de armas feita pelo Conselho de Segurança da ONU ao Irã.

"O Irã continua a desafiar a comunidade internacional pelo comércio ilegal de armas", diz o documento. "Dois desses casos envolviam a Síria, como a maioria dos casos apurados em relatórios anteriores. O fato reforça que a Síria continua a ser o alvo central do comércio ilegal de armas do Irã", afirma o texto.

O documento também fala sobre a tentativa do Irã de continuar seu programa nuclear, mesmo após as sanções de comércio impostas pelos EUA e aliados. Segundo o relatório, mesmo sem itens necessários, Teerã continua a fomentar o enriquecimento de urânio.

"As sanções estão diminuindo a produção do Irã de alguns itens necessários para o programa nuclear. No entanto, outras ações proibidas continuam, como o enriquecimento de urânio".

Assad culpa turcos e libaneses

Em uma rara entrevista à emissora Russia24 nesta quinta-feira, Assad voltou a culpar "forças estrangeiras" pela violência que eclodiu no país, derivada de manifestações pacíficas da oposição iniciadas em 2011. Segundo o presidente sírio, os maiores exportadores de armas para "terroristas rebeldes" na Síria são o Líbano e a Turquia.

"Nós não podemos simplesmente fechar as fronteiras. Mas tentamos pelo menos diminuir o fluxo", disse.

Desde o início de 2011, manifestantes sírios pedem pela queda de Assad na Síria. Damasco utilizou força militar na repressão ao protestos. O conflito evoluiu para deserções em grande número das forças de Assad e a formação de grupo rebeldes que lutam contra o governo. Segundo estimativas da ONU, mais de 9 mil pessoas foram assassinadas desde o começo dos confrontos.

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