O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que o Irã é "responsável" pelo ataque a dois petroleiros no Golfo de Omã. Em breve declaração à imprensa nesta tarde em Washington, Pompeo criticou a postura do país persa, que segundo ele deveria abandonar a violência e se engajar diplomaticamente.
Pompeo disse ainda que os EUA pretendem defender seus aliados e também seus interesses na região. Mais cedo, o governo iraniano negou envolvimento no episódio. Para o secretário de Estado, há uma "campanha" de Teerã, que promove uma "escalada" nas tensões regionais. Pompeo disse que a conclusão sobre o envolvimento iraniano foi feita a partir de informações de inteligência, pelo tipo de armas utilizadas e pela sofisticação do ataque.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, em seu perfil no Twitter, que considera ser muito cedo para fazer um acordo com o Irã, embora tenha reconhecido os esforços do primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo, que, nos últimos dias, se reuniu com autoridades iranianas em Teerã e pediu por um alívio nas tensões entre os americanos e o país persa.
"Embora eu aprecie muito que o primeiro-ministro Abe tenha ido ao Irã para se encontrar com o aiatolá Ali Khamenei, pessoalmente acho que é cedo demais para sequer pensar em fazer um acordo. Eles não estão prontos e nem nós", escreveu o presidente americano há pouco. A mensagem de Trump no Twitter se deu no mesmo momento em que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, alegou que o suposto ataque a navios petroleiros no Golfo de Omã tem envolvimento iraniano.
O incidente teria ocorrido ao mesmo tempo em que o premiê japonês, Abe Shinzo, visitou Teerã e se reuniu com autoridades do país persa, como o presidente Hassan Rouhani e o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Na quarta-feira, Abe alertou que um "conflito acidental" poderia ser desencadeado em meio ao aumento das tensões entre o Irã e os EUA e pediu por "mais paciência" aos dois lados e alertou que é preciso fazer "o que pudermos" para que um conflito seja evitado.
O Golfo de Omã liga o Mar da Arábia ao Estreito de Ormuz, a porta de entrada para o Golfo Pérsico. O golfo tem sido um ponto crítico para as tensões entre o Irã e os Estados Unidos, que nos últimos meses intensificaram sua "campanha de pressão máxima" para isolar Teerã no cenário mundial.