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Uma foto sem data disponibilizada pela agência de notícias KhabarOnline em 12 de janeiro de 2023 mostra Alireza Akbari durante uma entrevista em Teerã.
Uma foto sem data disponibilizada pela agência de notícias KhabarOnline em 12 de janeiro de 2023 mostra Alireza Akbari durante uma entrevista em Teerã.| Foto: EFE/EPA/KHABARONLINE

O Irã executou neste sábado (14) o cidadão britânico-iraniano e ex-vice-ministro da Defesa do país, Alireza Akbari, condenado por espionagem para os serviços secretos britânicos.

Na quarta-feira (11), as autoridades judiciais iranianas anunciaram a sentença de morte do ex-vice-ministro, embora não se saiba quando ele foi condenado por "espionagem para o MI6" em troca de "1.805.000 euros, 265.000 libras e US$ 50.000".

Akbari atuou como vice-ministro da Defesa sob a gestão do ex-presidente reformista Mohammed Khatami (1997-2005) e foi preso há três anos.

O Ministério da Inteligência descreveu Akbari como "um dos mais importantes casos de infiltração" da segurança do Irã.

Primeiro-ministro britânico fala em ato "cruel e covarde"

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, declarou neste sábado (14) que ficou "consternado" com a execução de Akbari e considerou o ato "cruel e covarde".

"Foi um ato cruel e covarde, levado a cabo por um regime bárbaro que não respeita os direitos humanos do seu próprio povo", escreveu Sunak no Twitter.

O Irã tem sido acusado de utilizar principalmente prisioneiros de dupla nacionalidade, mas também de outras cidadanias, como medida de pressão ou para a troca de presos com outros países.

Alguns países e organizações de direitos humanos têm chamado este procedimento de "diplomacia dos reféns" do Irã.

Irã acusa Reino Unido de “intervencionismo”

Horas após a execução do ex-vice-ministro da Defesa, o Irã convocou o embaixador britânico em Teerã para protestar contra o que considera "intervencionismo do Reino Unido na segurança nacional iraniana".

"Em resposta às intervenções não convencionais do Reino Unido, incluindo na segurança nacional da República Islâmica do Irã, o embaixador do Reino Unido em Teerã, Simon Shercliff, foi convocado", informou o Ministério das Relações Exteriores iraniano em comunicado.

As autoridades iranianas transmitiram na reunião o protesto "pelos atos de sabotagem contra a segurança nacional (do Irã)" e sublinharam que "o Reino Unido deve ser responsabilizado pelo estabelecimento de comunicações não convencionais que conduziram a um ataque à segurança nacional".

O governo iraniano advertiu o Reino Unido de que "não tolerará ações ilegais e criminosas" no futuro.

"O governo britânico deve aceitar as consequências de continuar com métodos pouco ortodoxos e intervencionistas", afirmou.

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