A contagem regressiva para determinar se o programa nuclear iraniano é pacífico ganhou um acréscimo de quatro meses, depois que a comunidade internacional e o Irã estabeleceram que, apesar de um acordo ainda estar longe, o progresso conseguido nos últimos seis meses faz com que as tentativas mereçam continuar.
As seis cúpulas realizadas em Viena desde fevereiro permitiram "progressos tangíveis", explicaram na manhã de sábado o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammed Yavad Zarif, e a responsável pela política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, que negocia em nome da comunidade internacional. No entanto, os dois admitiram em comunicado conjunto que "ainda existem lacunas significativas em alguns assuntos chave que necessitarão de mais tempo e esforços".
Para salvar as conversas foi estabelecida uma nova data limite: o próximo dia 24 de novembro, exatamente um ano após a assinatura de um primeiro acordo interino em Genebra e que tornou possível essa negociação.
A prorrogação exigiu o comprometimento de ambas as partes. Irã se comprometeu a continuar reprocessando suas reservas de urânio de modo que não possa ser usado na confecção de uma bomba e o G5+1 continuará aliviando as sanções conforme foi estabelecido no Plano de Ação Conjunta e permitirá ao Irã ter acesso a US$ 2,8 bilhões de seus ativos retidos.