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Um cartaz que mostra a imagem de Mahsa Amini é erguido durante protestos que ocorreram no México em 2022
Um cartaz que mostra a imagem de Mahsa Amini é erguido durante protestos que ocorreram no México em 2022| Foto: EFE/Mário Guzmán

As autoridades do Irã impediram a família de Mahsa Amini - jovem que morreu em 2022 após ser detida por não usar o véu islâmico - de sair do país para receber o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento do Parlamento Europeu, na França.

Os pais da jovem falecida e seu irmão foram impedidos de embarcar em um avião com destino a Paris, na noite desta sexta-feira (08). As autoridades confiscaram os passaportes dos familiares para evitar que saíssem do país.

A morte da jovem gerou vários protestos que durante meses pediram o fim da República Islâmica e só desapareceram após uma repressão que provocou 500 mortes e detenção de 22 mil pessoas. Foram executados oito manifestantes, sendo um deles em público.

Em outubro, o Parlamento Europeu concedeu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento a Amini e ao movimento "Mulheres, Vida e Liberdade", que protestou contra as leis iranianas que discriminam a mulher.

O prêmio, no valor de 50 mil euros, é uma contribuição extraordinária para a proteção da liberdade de pensamento e é a maior homenagem prestada pela União Europeia ao trabalho no campo dos direitos humanos. A cerimônia de entrega vai acontecer no próximo dia 13, na Câmara do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

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