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As autoridades de fronteira do Irã liberaram uma mulher estrangeira que, segundo reportagens da imprensa local, era suspeita de ser uma espiã norte-americana, informou neste domingo a emissora estatal Irib.

"A mulher de 34 anos que tentou ingressar no Irã pelo terminal de Norduz em 5 de janeiro deixou as fronteiras iranianas depois que sua situação foi esclarecida e foram realizados os procedimentos legais", disse a Irib, citando um "funcionário de segurança de alta patente" que não foi identificado.

Reportagens contraditórias tinham sugerido que a mulher norte-americana era suspeita de trabalhar para o departamento de inteligência dos EUA, mas a fonte citada pela Irib negou que a mulher tenha sido detida enquanto filmava a região de fronteira.

Aumentando ainda mais a confusão em torno do tema, a rede Irib disse que a mulher tinha sido detida em Norduz, na fronteira do Irã com a Armênia, enquanto outros veículos de comunicação disseram que ela tinha tentado entrar no país por Jolfa, cerca de 50 quilômetros a oeste, no limite com o Azerbaijão.

Segundo a Irib, a mulher solicitou um visto iraniano e não conseguiu entrar no país. Sem a permissão, ela retornou à Armênia no sábado, segundo a emissora.

A notícia sobre a detenção da norte-americana aconteceu num momento de enorme tensão entre Teerã e Washington, que estão envolvidos numa prolongada disputa sobre o programa nuclear iraniano.

Os dois países não mantêm relações diplomáticas desde a Revolução Islâmica de 1979, mas terão representantes nas negociações que serão realizadas na Turquia este mês, em que os países ocidentais esperam avançar nas negociações nucleares.

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