O Irã disse neste domingo que vai rejeitar qualquer exigência de parar com o que chama de atividade nuclear pacífica, um dia antes do encontro de ministros do Exterior da União Européia (UE) para debater incentivos e punições para coibir as ambições atômicas de Teerã.

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- Qualquer proposta que nos obrigue a parar com as atividades (nucleares) pacíficas não terá valor e não será válida - disse o presidente do Irã, Mahmoud Ahmedinejad, em discurso transmitido pela televisão estatal.

Ele acusou os europeus de viverem em um "mundo colonialista" e disse que Teerã não aceitará as decisões tomadas em Bruxelas.

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- Se eles querem decidir coisas que nos envolvem em um lugar onde não estamos presentes, então esse organismo não tem nenhuma validade legal, nem credibilidade para tomar decisões - disse Ahmadinejad.

Uma proposta de comunicado para o encontro dos ministros europeus na segunda-feira obtida pela Reuters afirma que o bloco está disposto a ajudar Teerã a desenvolver "um programa nuclear civil seguro, sustentável e à prova de proliferação", mas insiste que o país deixe de enriquecer urânio em seu território.

Autoridades européias disseram que não está decidido se a ajuda poderá incluir permissão para firmas ocidentais construírem usinas nucleares no Irã. Segundo fontes, uma proposta neste sentido fazia parte do pacote oferecido em agosto, rejeitado por Teerã, e que também estipulava o fim do enriquecimento.

A UE quer o novo pacote pronto até sexta-feira, quando os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha, se reúnem em Londres. Washington exige o fim da atividade nuclear iraniana e quer que o Conselho aprove uma resolução que abra o caminho para sanções e até ação militar.

O Irã, quarto maior exportador mundial de petróleo, insiste em manter pelo menos um programa de pesquisa de enriquecimento.

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- Precisamos primeiro ver a proposta (da UE). De qualquer maneira, não vamos abandonar o nosso direito. A pesquisa (nuclear) e o desenvolvimento vão continuar na agenda do Irã - disse o porta-voz do ministério do Exterior, Hamid Reza Asefi, em sua conferência semanal de imprensa.