A televisão estatal iraniana negou na quinta-feira que guardas de fronteiras tenham detido uma norte-americana por suspeita de espionagem.
"Esta mulher tentou entrar ilegalmente no país, mas foi impedida de fazê-lo", disse o canal iraniano de televisão Al-Alam, em árabe, citando uma fonte não identificada, sem dar mais detalhes.
A agência de notícias semioficial Fars havia informado anteriormente que os guardas de fronteira na cidade de Nordouz, no noroeste do Irã, haviam prendido uma mulher norte-americana depois que ela entrou ilegalmente no Irã, a partir de Armênia.
A Fars também disse que a mulher foi presa cerca de uma semana atrás. O jornal iraniano estatal disse que a mulher de 55 anos de idade se chama Hall Talayan e que um dispositivo de espionagem foi encontrado em seus dentes.
A notícia da Fars ocorre num momento de grande tensão entre Teerã e Washington, que estão em meio a uma longa disputa sobre o programa nuclear iraniano. Os dois países não mantêm relações diplomáticas desde a Revolução Islâmica de 1979.
O Irã recebeu quatro rodadas de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) por se recusar a suspender as partes problemáticas do seu programa nuclear.
Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que o programa pretende desenvolver armas, mas o Irã alega que seu programa tem fins pacíficos e o objetivo de gerar energia elétrica.
Três americanos, dois homens e uma mulher, foram presos em julho de 2009 perto da fronteira Irã-Iraque sob suspeita de espionagem.
A mulher, Sarah Shourd, foi libertada sob fiança de 500 mil dólares em setembro e retornou aos Estados Unidos. Ela disse que os três viajantes se perderam e acabaram do outro lado da fronteira enquanto faziam caminhada atlética no Iraque.
Seus dois companheiros permanecem na prisão aguardando julgamento, que foi adiado, em novembro, devido à ausência de Shourd.
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