O Irã negou nesta sexta-feira (24) ter forças na Síria dando apoio ao Exército do presidente Bashar al-Assad, um dia após parceiros estrangeiros dos rebeldes que lutam contra o governo terem exigido que Teerã retirasse seus combatentes do território sírio.

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"Os verdadeiros inimigos da Síria criam essas acusações para provocar as pessoas deste país", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Abbas Araqchi, segundo a televisão estatal iraniana.

Em reunião na Jordânia na quinta-feira, o grupo Amigos da Síria, formado por governos ocidentais e árabes, exigiu a retirada imediata da Síria dos combatentes iranianos e guerrilheiros do Hezbollah, do Líbano.

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Eles estariam lutando ao lado do Exército sírio e de milícias leais a Assad na cidade de Qusair, perto da fronteira com o Líbano.

"Em resposta a uma pergunta sobre as acusações de que as forças iranianas e do Hezbollah estão presentes na Síria, Abbas Araqchi disse que as forças iranianas nunca estiveram e não estão presentes na Síria", disse a televisão estatal.

O Irã, um país muçulmano xiita, é o principal aliado de Assad e forneceu dinheiro, armas, inteligência e treinamento para as forças sírias contra uma revolta principalmente de muçulmanos sunitas, num conflito que já deixou mais de 80 mil mortos em dois anos.

A Rússia e os Estados Unidos estão tentando organizar uma conferência internacional de paz para acabar com a guerra. Moscou defende a participação do Irã, mas reservas ocidentais sobre a presença de Teerã já ameaçam inviabilizar a conferência.

O Irã defende eleições e reformas na Síria, mas não aceita o afastamento de Assad, dizendo que a solução para a crise não pode ser imposta de fora. Teerã acusa as nações ocidentais e árabes de armarem os grupos de oposição.

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Analistas dizem que a perda do aliado sírio enfraqueceria a capacidade do Irã de ameaçar o inimigo Israel através Hezbollah.