O Irã criticou nesta sexta-feira os planos israelenses para os assentamentos na Jerusalém Oriental ocupada, afirmando que os muçulmanos ao redor do mundo precisam agir.
Anúncios do governo direitista de Israel de novos projetos de construção em Jerusalém Oriental - capturada pelo Estado judeu numa guerra em 1967 - atrapalharam os planos dos Estados Unidos de fazer com que palestinos e israelenses voltem para a mesa de negociações.
"A expansão de assentamentos israelenses, a destruição de locais islâmicos e cristãos e a construção de sinagogas em larga escala... mostram os planos sionistas de acelerar a judaização de Jerusalém Oriental e, infelizmente, isso é aprovado por autoridades americanas", disse o ministro do Exterior do Irã, Manouchehr Mottaki, em comentários divulgados pela rádio estatal iraniana.
"Isso elevou o alarme para todas as pessoas ao redor do mundo e dobrou a necessidade para que os muçulmanos e outros países ajam seriamente", afirmou, acrescentando que a Liga Árabe, composta por 22 países, deve adotar uma posição forte em uma reunião na Líbia nesse fim de semana.
Autoridades dos EUA têm tentado persuadir Israel a suspender novos projetos em Jerusalém Oriental e a discutir questões-chave, como suas fronteiras e o status de Jerusalém, como parte de negociações indiretas com os palestinos.
O Irã trava uma disputa com os Estados Unidos e seus aliados, inclusive alguns países árabes, sobre seu programa de energia nuclear, que, eles temem, permitirá a Teerã desenvolver armas nucleares. O Irã afirma não ter essa intenção.
Israel afirma considerar um Irã com armas nucleares como uma ameaça à sua existência e analistas afirmam que Israel, país que acredita-se ter armas nucleares, poderia realizar ataques em locais iranianos.
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