Países que pretendem negociar com Teerã sobre seu programa nuclear devem apresentar novas propostas antes das negociações em Genebra, nos dias 15 e 16 de outubro, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano.
Os Estados Unidos querem que o Irã responda às propostas feitas em fevereiro como um ponto de partida para as negociações. Se as partes não chegarem a uma resolução sobre a forma de iniciar as negociações, há dúvidas sobre a possibilidade de um acordo, no prazo de seis meses, uma intenção expressada pelo presidente iraniano, Hassan Rouhani.
Grã-Bretanha, China, França, Rússia e os Estados Unidos - os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) - mais a Alemanha, o chamado P5 +1, propuseram em fevereiro que o Irã interrompa o enriquecimento de urânio a 20 por cento, retire por navio alguns estoques e feche uma instalação onde esse enriquecimento é feito.
Em troca, eles ofereceram relaxamento internacional em sanções sobre produtos petroquímicos e ao comércio de ouro e outros metais preciosos do Irã.
Autoridades norte-americanas disseram que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tinha conseguido um acordo com seu colega chinês na semana passada para um apelo ao Irã para que responda positivamente às propostas nucleares feitas pelos seis países.
"O plano anterior do P5 +1 entregue ao Irã faz parte do passado e eles devem entrar nas negociações com um novo ponto de vista", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, em entrevista à TV estatal iraniana na noite de sábado.
"Os negociadores têm de pôr de lado essa ilusão de que eles podem impor qualquer coisa ao povo iraniano."
A eleição de Rouhani em junho e a nomeação de Zarif, que estudou nos EUA, como ministro das Relações Exteriores e chefe das negociações de questões nucleares, aumentaram as esperanças de uma solução para a disputa de uma década sobre o programa nuclear iraniano.
Os países ocidentais acreditam que as atividades de enriquecimento do Irã são destinadas à produção de armas nucleares, enquanto o Irã insiste que seu programa é puramente para fins civis: geração de eletricidade e para um reator de pesquisas na área médica.
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