O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu hoje que os Estados Unidos e a Rússia apoiem o acordo nuclear firmado entre Teerã, a Turquia e o Brasil. Ahmadinejad advertiu que essa pode ser a última "oportunidade" para resolver o impasse envolvendo o programa nuclear iraniano.
"A declaração de Teerã (sobre a troca de combustível nuclear) é a melhor oportunidade. Nós tomamos um passo importante e dissemos algo muito importante. Não há desculpas", afirmou Ahmadinejad, em discurso televisionado, dirigindo-se aos líderes norte-americanos e russos. Pelo acordo, o Irã enviará urânio pouco enriquecido à Turquia, recebendo em troca combustível nuclear para seu reator de pesquisas em Teerã.
O presidente dos EUA, Barack Obama, deveria "levar em conta que, se ele não aproveitar esta oportunidade, dificilmente os iranianos darão uma chance a ele", afirmou Ahmadinejad. Potências lideradas pelos EUA pretendem aprovar uma quarta rodada de sanções ao Irã no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), apesar do acordo tripartite anunciado este mês.
Governos como os de Washington e Paris têm se mostrado reticentes quanto ao acordo, argumentando que a comunidade internacional precisa manter a pressão sobre Teerã por causa de seu programa nuclear. Os EUA e outras nações temem que os iranianos busquem secretamente produzir armas nucleares, o que o Irã nega.
Acusação
O presidente iraniano acusou ainda o presidente russo, Dmitry Medvedev, de "ficar do lado daqueles que têm sido nossos inimigos por 30 anos". "Nós esperamos que os funcionários russos prestem atenção, façam mudanças e não deixem os iranianos na linha de frente com seus inimigos históricos." A Rússia tem fortes laços nos setores de energia e defesa com o Irã. Apesar disso, Moscou anunciou seu apoio a um rascunho com novas sanções a Teerã no CS.
O país persa não tem obedecido às determinações do CS para que pare de enriquecer urânio. O Irã já sofreu três rodadas de sanções no Conselho. Teerã insiste que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos, como a geração de energia e a utilização no setor de saúde. As informações são da Dow Jones.
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