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O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, afirmou nesta segunda-feira (20) que autoridades do Irã entraram em contato com a Casa Branca após o acidente fatal com o presidente Ebrahim Raisi, pedindo ajuda para localizar o helicóptero.
"O governo do Irã nos pediu ajuda. Dissemos que estaríamos dispostos a ajudar, algo que faríamos em relação a qualquer governo nesta situação. No final, em grande parte por razões logísticas, não fomos capazes de fornecer essa assistência", disse Miller, sem das detalhes de como os países se comunicaram.
O Departamento de Estado ofereceu "condolências oficiais" pelas mortes de lideranças iranianas por meio de um comunicado, dirigida ao povo iraniano. "Enquanto o Irã elege um novo presidente, reafirmamos o nosso apoio ao povo iraniano e à luta pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais no país", diz um trecho da nota.
O gabinete de Joe Biden ressaltou que a solidariedade não é uma demonstração de apoio a Raisi, classificado pelo democrata como "um homem com sangue nas mãos", que atuou como juiz no "comitê da morte", décadas atrás, e conduziu execuções em massa de presos políticos e sob cuja presidência as autoridades reprimiram grandes protestos em defesa de direitos das mulheres.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, afirmou a jornalistas que Raisi era responsável por abusos "flagrantes" dos direitos humanos no Irã e apoiava grupos na região como o Hamas, que realizou um sangrento massacre contra o território israelense.
Irã e Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde a consolidação do regime dos aiatolás, em 1979 em Teerã.