O Irã até agora ignorou um prazo informal que se encerra neste sábado para responder a uma oferta feita por potências mundiais sobre seu programa nuclear, informou uma autoridade da União Européia, mas diplomatas dizem que podem esperar mais por uma resposta.
Em 19 de julho, grandes potências mundiais pediram que o Irã respondesse em duas semanas a uma oferta pela qual o país não receberia mais sanções da Organização das Nações Unidas se Teerã congelasse a expansão de sua atividade nuclear.
Se o Irã não aceitasse a oferta, enfrentaria a possibilidade de receber mais sanções, informou na sexta-feira a Casa Branca. O Irã descarta a idéia de ter um prazo para responder.
"Não há nada de novo (sobre o Irã)", informou uma autoridade da UE, acrescentando que o bloco não esperava uma resposta durante o fim de semana.
"Não devemos nos focar muito nesse prazo, o que importa é que tenhamos uma resposta clara rapidamente. Não é questão de um dia certo", acrescentou, sem querer se identificar.
Um grupo formado por Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha ofereceu ao Irã em junho incentivos econômicos e de outros tipos para interromper o enriquecimento de urânio da nação.
O Ocidente acusa o Irã de procurar construir ogivas sob o disfarce de um programa de energia civil. O Irã nega a acusação e prometeu continuar com suas atividades nucleares.
O representante do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltanieh, disse que o país estava aberto para negociar, mas não considerou que as conversas estavam restritas a prazos para oferecer respostas às ofertas das grandes potências mundiais.
"Não tivemos nenhuma conversa ou acordo sobre o tão falado prazo de duas semanas", afirmou ele neste sábado em comentários na televisão estatal do Irã.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que o Irã deveria parar de jogar. "Muita perda de tempo", afirmou à revista Der Spiegel, acrescentando que Teerã devia se apresentar às potências do Ocidente com uma resposta útil, ou então sofreria mais sanções.
Os preços do petróleo subiram na sexta-feira depois que o vice-primeiro-ministro de Israel, Shaul Mofaz, afirmou que o Irã estava perto de obter um avanço importante em seu programa nuclear. A ONU já impôs três rodadas de sanções ao país.
Diplomatas dizem que novas sanções da ONU não devem ocorrer antes de setembro e podem não chegar sequer este ano, embora os países possam tomar pedidas por conta própria.
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