O chefe do programa nuclear do Irã, o vice-presidente Ali Akbar Salehi, disse hoje que o país começou a produzir modelos mais eficientes de centrífugas.

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Segundo ele, esses componentes devem ser usados no programa nuclear do país no início de 2011. Salehi afirmou que cientistas iranianos estão ainda tentando testar modelos mais avançados antes de implantá-los nas instalações de enriquecimento de urânio.

O comunicado do vice-presidente, divulgado pela agência de notícias estatal Fars, mostra a postura de desafio do Irã diante da exigência da Organização das Nações Unidas (ONU) para que o país interrompa seu programa nuclear.

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O processo de enriquecimento de urânio pode ser usado tanto para fins pacíficos como para a produção de armas nucleares. Teerã afirma ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia, mas Estados Unidos e Israel alegam que há também um programa secreto em busca de armas. As negociações entre o Irã e potências internacionais sobre o programa nuclear do país estão estagnadas.

Teerã informou em abril que está construindo centrífugas mais avançadas, capazes de enriquecer urânio com mais eficiência e precisão. Os comentários de Salehi foram a primeira indicação de um cronograma sobre quando os novos modelos podem se tornar operacionais. As centrífugas são máquinas usadas para enriquecer urânio - uma tecnologia que pode produzir combustível para plantas de energia ou materiais para uma bomba nuclear. O vice-presidente não detalhou quais seriam as diferenças entre os modelos.

Salehi afirmou que há atualmente mais de 6 mil centrífugas do Irã em funcionamento, 2 mil a mais que o mencionado em um relatório de novembro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU. O vice-presidente disse que novas sanções da ONU - o país já sofreu três rodadas delas - não impedirão o Irã de desenvolver seu programa nuclear.