As autoridades que estão revisando a pena dada à iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani ainda podem atenuar ou interromper a punição, disse Malek Ajdar Sharifi, diretor do departamento de justiça da província do Azerbaijão do Leste, onde Sakineh está presa. "Tudo é possível", disse Sharifi à agência de notícias Fars. "Há algumas ambiguidades nas evidências", acrescentou.
Sakineh foi condenada por adultério em 2006, após o assassinato de seu marido, e sentenciada à morte por apedrejamento. Diante das críticas da comunidade internacional, no entanto, o caso foi levado à Suprema Corte do Irã para revisão. Posteriormente, ela foi acusada de envolvimento no assassinato do marido após supostamente ter confessado o crime e sentenciada a 10 anos na prisão.
No sábado, Sakineh participou de uma entrevista coletiva durante a qual negou que tenha sido torturada na prisão e admitiu ter sido cúmplice do assassinato do marido. Ela também disse que pretende processar o seu ex-advogado, Mohammad Mostafaei, que fugiu do Irã após conseguir chamar a atenção de outros países para o caso, e os dois alemães que foram presos pelas autoridades iranianas após tentarem entrevistar seu filho, Sajjad Qaderzadeh.
Qaderzadeh, que também foi preso, estava presente na entrevista coletiva ocorrida no sábado e disse ter sido libertado em 12 de dezembro após pagar uma fiança de US$ 40 mil. Ele afirmou que pretende devotar sua vida a salvar Sakineh. "Não acho que minha mãe seja inocente. Ela certamente é culpada. No entanto, a decisão precisa ser tomada pelas autoridades do nosso país. Eles podem mudar a sentença de apedrejamento para outro veredicto", afirmou. As informações são da Associated Press.
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