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Emad e-Din Baghi: oposição na cadeia | Henghameh Fahimi/AFP
Emad e-Din Baghi: oposição na cadeia| Foto: Henghameh Fahimi/AFP

Forças de segurança iranianas invadiram vários escritórios de opositores do governo ontem e detiveram dez importantes ativistas contrários ao governo nu­­ma nova ofensiva contra o movimento reformista do Irã. A informação foi divulgada por sites do movimento.

Ainda ontem, o corpo do sobrinho do principal líder da oposição iraniana, Mir Hossein Mousavi, desapareceu de um hospital. O jovem, Ali Mou­savi, foi morto na repressão às manifestações contra o governo no domingo.

Reza Mousavi, irmão de Ali, afirma que o corpo do seu irmão foi retirado do hospital de Teerã sem permissão da família, possivelmente por autoridades que queriam impedir que manifestantes organizassem mais protestos em seus funeral.

As prisões ocorreram um dia depois de pelo menos oito manifestantes terem sido mortos durante uma passeata contra o governo.

A polícia de Teerã disse que pelo menos 300 pessoas foram detidas nos protestos do domingo. O site Fararu informou sobre a prisão do ativista opositor Emad e-Din Baghi, vencedor de vários prêmios internacionais pela luta em favor das liberdades, enquanto o site opositor Parlemannews noticiou a detenção de Ali Reza Bahesti Shirazi, assessor de Mousavi.

O derramamento de sangue, um dois piores dos últimos meses, foi condenado por um líder opositor, que comparou o governo ao brutal regime monarquista que foi derrubado pela Revolução Islâmica três décadas atrás.

Os acontecimentos de ontem devem aprofundar o antagonismo entre o governo e o movimento reformista.

Mahdi Karroubi, líder opositor que concorreu nas eleições de junho, publicou uma declaração num site opositor perguntando como o governo pôde derramar sangue de seu próprio povo no dia da comemoração xiita da Ashura. Ele disse que até mesmo o governo do xá Reza Pahlavi (imperador que governou o Irã entre 1941 e 1979) respeitava o dia sagrado.

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