O Irã pretende produzir combustível nuclear para seu reator de pesquisas em setembro de 2011, disse nesta terça-feira o chefe do programa atômico do país, Ali Akbar Salehi. A afirmação foi divulgada pela agência estatal Irna.
Em fevereiro, o Irã começou a refinar urânio a 20%, após um impasse em torno do acordo para a troca de combustível nuclear apoiado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Esse acordo tinha como meta fazer chegar ao país o combustível para o reator, aumentando o controle internacional sobre esse material.
O Irã já havia afirmado que em setembro do próximo ano iria produzir domesticamente o combustível necessário e as placas para alimentar o reator. As potências ocidentais, porém, dizem que o país não possui a tecnologia para fazer essas placas nucleares.
O país persa já sofreu quatro rodadas de sanções no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) por se recusar a parar de enriquecer urânio. Potências como os Estados Unidos temem que o Irã busque secretamente armas nucleares, mas Teerã afirma ter apenas fins pacíficos. O enriquecimento de urânio pode ser usado tanto para abastecer reatores nucleares quanto para uma bomba atômica.
O Irã e seis potências - EUA, Reino Unido, China, França, Rússia e Alemanha - estão prestes a realizar uma reunião para discutir o programa nuclear iraniano em dezembro. Salehi disse que o Irã pretende realizar um anúncio sobre avanços em seu programa nuclear em "duas ou três semanas", após o encontro com as potências mundiais, informou a agência de notícias Mehr. Ele não deu mais detalhes. As informações são da Dow Jones.
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