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Oriente Médio

Irã e potências europeias retomarão conversas sobre programa nuclear em 13 de janeiro

Programa nuclear iraniano irã
Foto de 2005 mostra a unidade de enriquecimento de urânio de Natanz, na região central do Irã. (Foto: Abedin Taherkenareh/EFE/EPA)

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O Irã e os três países europeus que assinaram o acordo nuclear de 2015 – Alemanha, França e Reino Unido – voltarão a se reunir para discutir o programa nuclear iraniano e retomar as negociações para reativar o pacto. “A nova rodada de conversas entre o Irã e os três países europeus será realizada em Genebra em 13 de janeiro”, anunciou nesta quarta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano para Assuntos Jurídicos e Internacionais, Kazem Gharibabadi, segundo a agência de notícias Isna. O funcionário disse que as conversas seriam “apenas consultas, não negociações”.

As novas conversas ocorrerão apenas uma semana antes de o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomar posse no dia 20 de janeiro. Em 2018, durante seu primeiro mandato (2016-2020), Trump se retirou do acordo nuclear de 2015 e restabeleceu sanções contra o Irã que haviam sido suspensas pelo pacto em troca de restrições ao programa nuclear iraniano. Um ano após a retirada dos EUA, Teerã começou gradualmente a reduzir seus compromissos com o acordo. Desde então, as partes signatárias realizaram várias rodadas de negociações para reativar o pacto, sem sucesso.

O último encontro entre Teerã e as três potências europeias ocorreu em Genebra no fim de novembro, e foi descrito por Gharibabadi na época como “franco”. No entanto, em meados de dezembro, a Alemanha, a França e o Reino Unido acusaram o Irã de aumentar seu estoque de urânio altamente enriquecido para “níveis sem precedentes, sem qualquer justificativa civil confiável”. Além disso, levantaram a possibilidade de restabelecer sanções internacionais contra o Irã para impedir o desenvolvimento de seu programa nuclear.

Nos últimos anos, o Irã aumentou sua produção de urânio enriquecido a ponto de ser o único Estado sem armas nucleares a enriquecer urânio a 60%, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Esse nível de enriquecimento é muito próximo dos 90% necessários para fazer uma bomba atômica. No entanto, o Irã insiste no seu direito à energia nuclear pacífica e tem negado consistentemente qualquer ambição de desenvolver armas nucleares ou armas de destruição em massa, que são proibidas por um decreto religioso do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que tem a palavra final em todos os assuntos de Estado.

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