O Irã anunciou neste sábado (5) que a imprensa estrangeira está proibida de fazer reportagens sobre uma manifestação estudantil programada para a próxima semana, que as autoridades temem que possa se tornar uma repetição dos protestos contra a contestada eleição presidencial de junho.

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A polícia e a Guarda Revolucionária alertaram que qualquer protesto "ilegal" na segunda-feira (7), Dia do Estudante, será combatido com firmeza. A data marca a morte de três estudantes em 1953 sob o regime do antigo xá.

"Todas as permissões concedidas à mídia estrangeira para cobrir notícias em Teerã estão revogadas entre 7 de dezembro e 9 de dezembro", disse o departamento de mídia internacional do Ministério da Cultura, neste sábado, em mensagem SMS enviada aos celulares de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que trabalham como correspondentes estrangeiros no Irã.

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Nos últimos dias, conexões de Internet em Teerã estiveram muito lentas ou totalmente fora de serviço. Uma autoridade do Ministério das Telecomunicações disse à Reuters que o acesso à internet e as linhas de telefones celulares serão desabilitadas na segunda-feira.

Após a eleição de 12 de junho que reelegeu o presidente linha dura Mahmoud Ahmadinejad por uma margem apertada, seus oponentes reformistas acusaram o governo de fraude e milhares de iranianos foram às ruas em protesto, na maior manifestação popular do país nos últimos 30 anos.