O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira (3) que Israel será “esbofeteado” pelo ataque ao consulado iraniano na Síria, que causou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária iraniana.
“A derrota do regime sionista em Gaza continuará e o regime se aproximará do colapso e da destruição”, disse Khamenei em uma reunião com dirigentes do país em Teerã.
“Esforços desesperados como a ação que empreenderam na Síria não os salvarão da derrota. É claro que [Israel] será esbofeteado pelo que fez”, acrescentou a mais alta autoridade iraniana.
Khamenei já havia afirmado ontem que Teerã responderá ao ataque: “O regime maligno será punido por nossos valentes homens. Faremos com que eles se arrependam deste crime e de outros semelhantes, com a ajuda de Deus”.
Além de prometer vingança contra Israel, o Irã enviou uma mensagem aos Estados Unidos, através do embaixador suíço em Teerã, que representa os interesses americanos em solo iraniano, na qual responsabiliza Washington pelo ataque por ser o principal aliado de Israel.
No ataque de segunda-feira (1º) em Damasco, morreram 13 pessoas: sete membros da Guarda Revolucionária do Irã, entre eles, o brigadeiro-general Mohamed Reza al Zahedi e seu assistente, general Mohammad Haji Rahimi, e seis cidadãos sírios.
Uma autoridade israelense disse ao site Axios que a inteligência do país vinha monitorando Zahedi já há bastante tempo porque ele seria encarregado de armar o grupo terrorista libanês Hezbollah e outros grupos pró-Teerã no Líbano e na Síria para que realizassem ataques contra Israel. Segundo essa fonte, uma “janela operacional” para matá-lo só foi aberta nos últimos dias.
Nesta terça-feira (2), um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou que Washington não participou do ataque ao consulado do Irã na Síria e que não soube com antecedência que ele ocorreria. O Pentágono notificou Teerã sobre essa posição.
Em fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores israelense enviou uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para alertar que o Irã estava intensificando o envio de armas para o Hezbollah através da Síria.
O chanceler Israel Katz enfatizou à época que isso vinha ocorrendo desde o início da guerra na Faixa de Gaza e que Israel tem o “direito inerente” de “defender o seu território e os seus cidadãos”. (Com Agência EFE)
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