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Conflito no Oriente Médio

“Irã quer escravizar o mundo e nos devolver à Idade Média”, diz Netanyahu em evento nos EUA

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, participou de conferência com lideranças das principais organizações judaicas dos EUA (Foto: EFE/Gabinete do primeiro-ministro de Israel)

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (9) que “só há uma força no mundo que luta contra o Irã”, referindo-se ao seu país, que ainda prepara sua retaliação pelo ataque lançado em 1º de outubro contra o território israelense.

Em um encontro com uma delegação da conferência de presidentes das principais organizações judaicas dos Estados Unidos, Netanyahu reiterou que Israel está travando “a guerra do mundo livre”.

“Nós dificultamos a conquista do Oriente Médio”, afirmou o chefe do governo, que defende que Israel é uma espécie de muro de contenção entre Irã e Ocidente. “Eles querem escravizar o mundo e nos devolver à Idade Média”.

As declarações surgem em plena escalada das tensões entre Israel e o regime de Teerã, após este ter atacado Tel Aviv com quase 200 mísseis balísticos em 1º de outubro, em uma operação que deixou uma pessoa morta na Cisjordânia - um homem sobre quem caíram os restos da interceptação de um dos projéteis.

O Irã respondia assim à recente morte do líder do grupo terrorista xiita Hezbollah no Líbano, Hassan Nasrallah, em um bombardeio israelense contra quartel-general do grupo, em Beirute, bem como à do antigo líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã que Israel nunca reivindicou.

Nesta quarta-feira, Netanyahu deverá falar por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir o ataque iminente de Israel contra o Irã.

A imprensa israelense afirma que o primeiro-ministro israelense adiou a viagem de seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, aos Estados Unidos até que esta ligação fosse realizada.

O papel de Biden seria tentar moderar a resposta israelense, evitando um ataque às refinarias de petróleo iranianas ou instalações nucleares, embora a comunicação entre Estados Unidos e Israel tenha sofrido um desgaste desde que Tel Aviv iniciou sua campanha de ataques contra o Hezbollah no Líbano.

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