O Irã realizará a partir de segunda-feira (02) exercícios de disparos de mísseis no deserto que vão durar três dias, frente a eventuais ameaças militares de Israel e dos Estados Unidos, indicaram neste domingo (01) os Guardiões da Revolução.
"Mísseis terra-terra de longo, médio e curto alcance serão disparados de diferentes áreas do Irã contra réplicas de bases aéreas, como aquelas utilizadas pelas forças militares de fora da região", declarou o general Amir Ali Hajizadeh, encarregado dos sistemas de mísseis na Aeronáutica.
"Estas manobras visam a enviar uma mensagem às nações aventureiras de que os Guardiões da Revolução estão preparados para enfrentar os intimidadores (...) e responderão decisivamente a qualquer problema que elas possam causar", acrescentou, segundo declarações divulgadas pelo site dos Guardiões da Revolução, o Sepah News.
O Irã organiza com frequência esses exercícios, mas desta vez parecem destinados a mostrar as capacidades de Teerã de atingir as bases militares americanas nos países vizinhos -no Afeganistão, no Bahrein, no Kuwait e na Arábia Saudita-, em caso de ataque dos Estados Unidos ou de Israel contra a República Islâmica.
Israel e Estados Unidos indicaram que uma intervenção contra o Irã não está descartada se as ações diplomáticas e as sanções internacionais fracassarem em impedir a continuidade do programa nuclear iraniano.
Segundo o general Hajizadeh, os exercícios, batizados de Grande Profeta 7, devem permitir "testar a precisão dos sistemas e das ogivas de mísseis" com ataques em campos fictícios no deserto de Kavir, no centro do Irã.
Ele explicou que dois tipos de mísseis balísticos serão utilizados: o Quiam, de alcance estimado de cerca de 500 quilômetros (750 km, segundo a imprensa iraniana), e o Khalij Fars, um míssil anti-navios, de alcance de 300 quilômetros.
As autoridades iranianas classificam de longo alcance mísseis que as outras potências militares consideram como de curto alcance.
O Irã pode atingir alvos a até 2.000 quilômetros com os mísseis Shahab-3, que podem chegar a Israel.
O general Hajizadeh não mencionou a sua utilização nos próximos exercícios.
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