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O embaixador do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltanieh, afirmou hoje que não tem "fundamento" as constatações de um relatório vazado ontem sobre o programa nuclear do país, segundo a agência de notícias Fars.

O documento aponta a possibilidade de o Teerã estar desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. Soltanieh disse que os documentos citados no relatório enviado à AIEA foram "fabricados" e "não têm qualquer validade". Segundo ele, por várias vezes documentos do tipo foram mostrados e ele alegou que eram falsificações.

O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, demonstrou preocupação com o fato de que o Irã possa estar tentando desenvolver essa carga nuclear em seu primeiro relatório ao conselho de dirigentes da AIEA, ontem. A linguagem do texto foi muito mais dura que a usada pelo antecessor do japonês, o egípcio Mohamed ElBaradei, que deixou o posto em novembro.

Soltanieh repetiu que o programa nuclear iraniano tem apenas fins pacíficos, como a produção de energia. "A República Islâmica repetidamente afirmou que nunca interromperá suas atividades nucleares pacíficas, nem sua cooperação com a agência", afirmou o iraniano. Mas potências ocidentais suspeitam que Teerã mantenha também um programa nuclear secreto, para desenvolver armas.

O Irã já foi alvo de três rodadas de sanções no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para exigir a interrupção do enriquecimento de urânio, um processo que pode servir tanto a fins pacíficos quanto militares. Também hoje, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, negou que o país esteja buscando armas nucleares.

Grandes preocupações

Já um porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que o relatório da AIEA confirma as "grandes preocupações" em torno do programa nuclear do Irã. A Alemanha é um dos seis países que negociam com os iranianos. Os outros são EUA, Grã-Bretanha, China, Rússia e França, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, com poder de veto.

EUA, Grã-Bretanha e Alemanha já se declararam favoráveis a novas sanções ao Irã, mas a China tem resistido à proposta. Moscou recentemente deu declarações de que pode aceitar mais sanções à República Islâmica.

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