Relações Irã-Síria
Desde 1979, os dois países mantêm laços estreitos em diversos campos:
Econômico
Irã, Síria e Iraque assinaram em julho de 20011 um acordo de US$ 10 bilhões para a construção de um mega-gasoduto na região.
Gás do Irã seria enviado à Síria e Líbano e também para a Europa.
Teerã e Damasco concordaram em 2010 com a criação de um banco conjunto na capital Síria. Estima-se que o Irã tenha mais de US$ 1 bilhão investido em projetos de gás e petróleo na Síria.
Damasco recebe milhares de turistas iranianos todo ano para peregrinações a santuários xiitas na Síria .
Militar
Os dois países assinaram um tratado de defesa mútua em 2006 para aumentar cooperação militar.
Em 2007, Mahmoud Ahmadinejad ofereceu US$ 1 bilhão em ajuda militar para a Síria.
Irã fornece armas para Hizbollah e Hamas via rotas terrestres e aéreas atravessando a Síria.
Há suspeitas de que a Guarda Revolucionária iraniana esteja atuando na Síria. Este seria o motivo para o recente sequestro dos 48 iranianos capturados por rebeldes sírios.
Diplomático
Síria foi primeiro país árabe a reconhecer o Irã como República Islâmica, após a Revolução de 1979.
Damasco foi o único país árabe a apoiar Teerã na guerra Irã-Iraque, nos anos 1980.
Após invasão do Iraque em 2003, Irã aumenta apoio a milícias xiitas no Iraque.
Teerã apoiou Damasco, após o assassinato do premiê libanês Hafik Hariri.
Em 2006, apoia o Hizbollah na guerra contra Israel.
Fonte: Council on Foreign Relations, Brookings Institution, agências de notícias.
Um emissário do líder supremo do Irã visitou ontem o ditador sírio, Bashar Assad, para reiterar o apoio de Teerã ao regime de Damasco contra os rebeldes e prometer que o "eixo da resistência" ao Ocidente será mantido.
A viagem de Said Jalili, representante do aiatolá Ali Khamenei, expõe a preocupação do Irã com o enfraquecimento do principal aliado regional e com a situação dos cidadãos iranianos capturados por insurgentes sírios em circunstâncias obscuras.
"O Irã não permitirá que o eixo de resistência, do qual considera a Síria uma parte essencial, seja destruído de qualquer maneira que seja", disse Jalili em Damasco.
Este "eixo de resistência" seria uma aliança formada por Irã, Síria, o grupo libanês Hizbollah (misto de milícia xiita e partido político) e o Hamas, que domina a faixa de Gaza, para se contrapor aos interesses do Ocidente e de Israel no Oriente Médio.
A expressão ecoa o "eixo do mal" decretado por George W. Bush, então presidente dos EUA, em 2002, para definir os maiores inimigos do Ocidente após os ataques de 11 de setembro de 2001: Iraque, Irã e Coreia do Norte.
O Irã, governado por um regime xiita, está alinhado à tese oficial de Assad cujo clã xiita-alauita controla a Síria de que o levante sírio é um complô terrorista a mando de países ocidentais e islâmicos sunitas, como Qatar, Arábia Saudita e Turquia.
Segundo analistas, o Irã quer evitar a queda de Assad, que selaria o fim do único aliado estratégico de Teerã no Oriente Médio.
O governo iraniano teme que um eventual isolamento regional incentive inimigos a acelerar os planos de mudança de regime.
InterlocutorTeerã convida o Brasil para reunião sobre o futuro dos sírios
O governo do Irã convidou o Brasil para o encontro que fará quinta-feira em Teerã sobre o conflito na Síria. A expectativa, no entanto, é que o Brasil não participe da discussão, já que também não esteve presente na reunião do grupo de Amigos da Síria (pró-oposição) em Paris, em 6 de julho. O Itamaraty tem privilegiado as discussões multilaterais na ONU.
Oficialmente, o Itamaraty disse apenas que não está prevista a participação brasileira.
Teerã anunciou que ao menos dez países já confirmaram presença no encontro para consultas sobre a situação no país. Nenhum dos governos anunciou publicamente sua participação.
A Organização das Nações Unidas já declarou que não enviará nenhum representante a Teerã.
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