Teerã (AE/AP/EFE) Técnicos iranianos romperam ontem os lacres colocados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em várias instalações da central nuclear de Isfahan, que agora opera com toda sua capacidade. A decisão, anunciada pelo subchefe da Organização de Energia Atômica iraniana, representa um agravamento do confronto entre Irã de um lado e Estados Unidos e União Européia do outro.
Os EUA acusam o Irã de mascarar seu programa nuclear voltado para a fabricação de armas nucleares. A UE concorda. O Irã nega. Diz que pretende processar combustível nuclear para gerar energia elétrica. E, dessa forma, usar suas imensas jazidas de gás e petróleo apenas para exportação.
A central iniciou a transformação de urânio em pó em gás hexafluoreto UF6, fase anterior à produção de urânio enriquecido a matéria prima da bomba atômica. Isfahan (no centro do país) já havia reiniciado suas atividades na segunda-feira, mas em setores secundários de produção.
O governo americano reagiu ao novo passo dado por Teerã. "É uma nova demonstração do desprezo que o Irã tem pelas legítimas preocupações da comunidade internacional", reagiu Matt Boland, porta-voz da delegação dos EUA na AIEA, organismo das Nações Unidas com sede em Viena.
A UE, por sua vez, enviou um rascunho de resolução à AIEA que exige do governo iraniano a imediata paralisação dos trabalhos em Isfahan.
O chefe da delegação do Irã na AIEA, Sirus Nasseri, argumenta que todos os países têm de ter permissão para produzir seu próprio combustível nuclear porque em caso contrário eles se tornariam "dependentes de um exclusivo cartel de fornecedores de combustível nuclear um cartel que tem uma aberta história de negativas e restrições por razões políticas e comerciais".
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