O Irã está substituindo 40 embaixadores do país, incluindo alguns que declararam apoio aos "desordeiros" durante os protestos de rua que aconteceram após a contestada eleição de junho, informou a agência de notícias semioficial Fars nesta quarta-feira.
Ao comentar a reportagem, o porta-voz do Ministério do Exterior Hassan Qashqavi disse que o Irã tinha mais de 130 missões diplomáticas no exterior e que substituir cerca de 45 enviados a cada ano era normal, segundo o site da emissora de TV estatal Irib.
A Irib não fez qualquer menção a trocas relacionadas com os protestos pós-eleitorias.
Citando fontes bem informadas, a Fars disse na noite de terça-feira que os embaixadores estavam sendo avisados que seu trabalho diplomático tinha chegado ao fim. A agência não deu detalhes de quais embaixadores serão trocados.
"Algumas dessas pessoas tomaram posições oficiais a favor dos desordeiros durante os recentes protestos no Irã", disse a Fars. "É provável que os novos embaixadores sejam escolhidos entre especialistas leais às bases da revolução (islâmica, de 1979)".
O Irã anunciou uma reformulação similar de seu corpo diplomático após a primeira vitória eleitoral do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 2005.
A eleição deste ano, vencida por Ahmadinejad em meio a acusações de fraude da oposição, afundou o Irã em sua pior crise desde a revolução três décadas atrás e expôs divisões entre a elite do país.
A oposição moderada culpa as autoridades pelas mortes de ao menos 26 pessoas durantes as manifestações.
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