O governo brasileiro foi apanhado de surpresa na segunda-feira, quando o diretor da Agência Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, anunciou que seu país manteria o programa de enriquecimento de urânio em até 20%. A declaração lançou suspeitas sobre a eficácia do acordo intermediado por Brasil e Turquia e serviu como argumento para as grandes potências, que acreditam que o compromisso firmado é uma manobra do Irã para evitar novas sanções.
Segundo confirmou ao Estado um alto assessor da presidência, embora o acordo não proibisse o país de continuar enriquecendo urânio, o governo brasileiro não esperava que o país abordasse o tema logo após as reuniões de Teerã. "Eles tentaram agradar a opinião pública interna", admitiu a fonte.
Outro assessor próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mais claro. "Fomos pegos de surpresa." O governo brasileiro tentou improvisar uma reação. Tão logo ficou claro que o tema seria explorado por EUA, França e Grã-Bretanha para desacreditar o acordo, o Brasil adotou uma posição cautelosa, afirmando que o compromisso era apenas um passo e o enriquecimento deveria ser melhor discutida pelo Conselho de Segurança da ONU. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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