Teer㠖 O Irã iniciou ontem dez dias de manobras militares com o disparo de mísseis de longo alcance, num momento em que as grandes potências discutem sobre um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas relativo a seus programas nuclear e balístico. As manobras devem ocorrer em 14 províncias iranianas, entre elas as da costa do Golfo e do Mar de Omã.

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"Mísseis Shahab, com carga de fragmentação, capazes de alcançar 2 mil quilômetros, foram disparados do deserto situado nas imediações de Qom", cidade situada 120 km ao sul de Teerã, noticiou a tevê Al-Alam.

O general Yahya Rahim Safavi, comandante dos Guardiões da Revolução, o exército ideológico do regime, havia anunciado disparos de mísseis balísticos Shahab-2 e Shahab-3. Ele chama as manobras de Grande Profeta II.

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Os mísseis de 2 mil quilômetros (Shahab-3) podem atingir as bases norte-americanas no Golfo e o sul da Europa. É a primeira vez que esta arma, que havia sido submetida a alguns testes, é usada em manobras reais. Já a ogiva do Shahab-2, apesar de ter menor alcance (500 quilômetros), é capaz de projetar 1,4 mil minibombas com um grande poder de destruição.

Estados Unidos e outros cinco países (Austrália, França, Itália, Grã-Bretanha e Barein) dizem estar combatendo a proliferação nuclear no Golfo, nas imediações das águas iranianas. A iniciativa tem como pano de fundo as crescentes tensões em torno do programa nuclear iraniano.

O Irã pôs para funcionar, na semana passada, nova cascata de centrífugas para o enriquecimento de urânio. O relator da comissão de Segurança Nacional do Parlamento iraniano, Kazem Jallili, afirmou que "outras cascatas estão em preparação". O país continua negando a intenção de fabricar bomba atômica.